Visita de campo

Cultura da pera ganha espaço e é aposta de diversificação para os produtores do Vale do São Francisco

1 de outubro de 2021

Disseminar informações acerca da cultura da pera e traçar alternativas de diversificação na fruticultura irrigada do Vale do São Francisco. Esse foi o intuito da visita de campo promovida pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Semiárido, na manhã da última quarta-feira (29/09), no Núcleo 5 (N5), do Projeto Irrigado Senador Nilo Coelho. 

A visita iniciou com apresentação do pesquisador da Embrapa semiárido, Paulo Roberto Lopes, sobre os estudos e implementação da fruta, em seguida o produtor do N5 e anfitrião da visita, Teófilo Ferreira, falou sobre sua produção. Dando continuidade, a chefe geral da Embrapa semiárido, Maria Auxiliadora Coelho, esclareceu dúvidas de produtores que estavam presentes na ocasião.

“A experiência da pera tem trazido importantes observações técnicas, avanços tecnológicos e desafios de estabelecer estratégias de manejos adequados às nossas condições, principalmente quando essas culturas são tradicionalmente cultivadas em regiões de clima temperado. Para a gente é uma satisfação observar essa evolução da cultura da pera, com a participação de produtores interessados em aumentar a área de produção e analisando os rendimentos que já foram obtidos até aqui”, pontua Maria Auxiliadora. 

Posteriormente, o grupo conheceu as variedades produzidas no lote, que são princesinha e triunfo. Além dos representantes da Embrapa semiárido, participaram também da visita, produtores do Projeto Nilo Coelho e de outros Projetos Públicos de Irrigação da Bahia, colaboradores da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), da Caixa Econômica Federal (CEF) e de lojas do ramo do agronegócio.

Segundo dados da Embrapa os produtores do Projeto Nilo Coelho já implementaram cerca de 30 hectares da pereira, entre áreas velhas (com dois anos) e áreas novas, (plantadas há quatro meses) e de acordo com o técnico da Empresa,  Guy Rodrigues, essa é uma alternativa viável para o produtor. 

“A pereira possibilita duas safras anuais, podendo em cada colheita gerar cerca de 30 toneladas em média por hectares, esse é um dos pontos positivos que a cultura oferece”, afirma Guy.

O produtor do Núcleo 7, do Projeto Nilo Coelho, Marinaldo Carvalho, que esteve presente na visita, está confiante no progresso da cultura. “Estou saindo dessa visita bem animado para iniciar a produção de pera. Já cultivo uva e manga, mas entendo que é necessário uma cultura diferente. Cerca de 95% das peras consumidas no país são produzidas fora do Brasil. Acredito que vai ser um negócio muito bom para nós, principalmente, os pequenos produtores como eu”, disse.

Para o gerente do Distrito de Irrigação Nilo Coelho (DINC), Paulo Sales, a possibilidade de divulgação desse trabalho é de grande relevância para toda a fruticultura do vale, não apenas para o Projeto Público Irrigado Nilo Coelho. “Por uma lado ele vem coroar a importantíssima participação da EMBRAPA, que dá um lastro valioso para os resultados hoje apresentados, e por outro pela condição, já destacada por alguns envolvidos, da ampliação de novas cultivares de valor agregado para nossa região, oferecendo maiores oportunidades para a cadeia agrícola brasileira”, pontuou.





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