Mais de 42 mil toneladas de manga foram exportadas em setembro de 2021

18 de outubro de 2021

Os números das exportações da manga nacional vêm crescendo. Foi o que apontou o Observatório do Mercado de Manga conduzido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa Semiárido (PE), a partir de dados do Comex Stat, banco de dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), analisando o período de janeiro a setembro de 2021.

 Em relação aos volumes, em setembro deste ano,  a fruta alcançou a marca de 42,1 mil toneladas, 19% a mais, em comparação ao mesmo período do ano anterior, onde foi registrado o volume de 35,3 mil toneladas. No panorama anual, os números também são positivos, apresentando uma evolução de 26% em comparação a 2020.

 A região do Vale do São Francisco é a grande responsável pelos números expressivos, com 212,2 mil toneladas no último ano, correspondendo a 87% do total exportado da fruta do Brasil.

 No Projeto Público de Irrigação Senador Nilo Coelho, situado na zona rural de Petrolina (PE), a fruta é a mais produzida e ocupa 41,7% dos 23 mil hectares irrigados, segundo dados do Distrito de Irrigação Senador Nilo Coelho, entidade responsável pelo fornecimento de água para mais de 22 mil hectares de lotes agrícolas do Projeto Nilo Coelho

 A produtora Maria José Daltro, que dedica oito hectares do seu lote  para a produção de manga, no Projeto, na Área Maria Tereza, está satisfeita com o rendimento que a cultura oferece.

 “Observa-se que a safra está bem produtiva, com volumes crescentes, e a qualidade vem acompanhando e superando os números. A exportação também está positiva. Hoje, a manga pode ser enviada para África do Sul, o que representa mais um mercado para nós produtores. Apesar dos problemas enfrentados, estamos otimistas com a cultura e com os seus rendimentos”, pontua Maria.

 Com a mesma expectativa positiva  está o produtor e engenheiro agrônomo Pedro Ximenes. “Cultivamos manga em dois lotes no Projeto Nilo Coelho, e estamos bastante satisfeitos com os resultados.  O câmbio para exportação está favorável, a mão de obra para manter a cultura é acessível, pois na região, temos uma gama de produtos para indução floral, a gente também percebe como o produto é servido em restaurantes como uma prática cultural, então todas essas questões nos deixam animados, e com pensamento de expansão. Estamos com expectativa de aumentar mais 30% de nossa área”, afirma Pedro.

 A taxa de câmbio segundo as novas projeções feitas pelos analistas de mercado e reportados no Boletim Focus de 04/10 a média esperada para a taxa de câmbio no final do ano é de R$ 5,20.

 Para o Gerente executivo do Distrito de Irrigação Nilo Coelho (DINC), a cultura da manga tem uma predominância importante na ocupação espacial do Projeto irrigado. Ela é considerada como uma cultura de relativo valor agregado, sobretudo quando produzida para o mercado externo, portanto, é atrativa tanto do ponto de vista do custo de implantação e de tratos culturais, quanto de comercialização – além de ser uma cultura menos suscetível a alterações climáticas bruscas. Em todo caso é uma cultivar que possui uma variação de preços que merece atenção e cuidado, essa volatilidade  (característica das commodities) acaba forçando a uma análise decisória mais crítica e certeira sob o ponto de vista de implantação e ou expansão.

 

 

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