Seca Fisiológica: conheça esse fenômeno e os impactos no manejo das culturas

24 de outubro de 2023

Comprometido em manter os produtores informados sobre os desafios que a agricultura irrigada enfrenta na região do submédio do Vale do São Francisco, o DINC buscou auxílio de convidou um especialista para trazer orientações que explique sobre o que é a seca fisiológica já que  em função da situação climática atual esta fase fisiológica das culturas se pode registrar e é importante que os produtores conheçam o como se observa em campo e como esse fenômeno pode interferir na produtividade das culturas.

O pesquisador da Embrapa Semiárido e especialista em fisiologia de plantas, Saulo de Tarso, explicou sobre esse fenômeno. Segundo Saulo, a seca fisiológica acontece mesmo quando há água no solo, e as plantas apresentam sinais de desidratação devido a diversos fatores. Na região do Vale do São Francisco, essas causas geralmente estão ligadas a fatores climáticos, como períodos quentes e umidade relativa baixa, mas também podem ser por excesso de adubos, salinização do solo e até mesmo encharcamento.

Ainda de acordo com o pesquisador, em dias muito quentes, especialmente perto do meio-dia, as plantas naturalmente fecham os poros das folhas, conhecidos como estômatos, para conservar a água e evitar a desidratação. Esse processo é crucial para a sobrevivência do vegetal, mas também pode levar a sintomas como enrolamento foliar, mudança de inclinação das folhas e queimaduras causadas pelo excesso de luz solar.

Diante desse contexto, Saulo recomenda os produtores a adotarem as seguintes medidas para enfrentar a seca fisiológica:

1. Monitoramento constante: Acompanhe regularmente as condições climáticas da região e esteja atento a períodos de altas temperaturas, que podem desencadear a seca fisiológica nas plantas.

2. Ajuste da irrigação: Certifique-se de calibrar os sistemas de irrigação de acordo com as necessidades específicas de suas culturas, levando em consideração as condições do solo e o clima local. Evite tanto a falta quanto o excesso de água.

O Gerente de Operações do DINC Humberto Arrunátegui, e Coordenador Armando Bagagi destacam a importância de compreender essas causas explicada pelo Especialista e agir proativamente para mitigar os efeitos.

“Ainda cabe salientar de que vistas as observações de nosso convidado Saulo de Tarso Especialista em Fisiológica Vegetal da EMBRAPA, é importante que os produtores do DINC estejam atentos a esta situação em campo e caso observem folhas com aspectos de sintomas de falta de água nas plantas, antes de aplicar mais águas observem o solo se apresenta humidade ideal (capacidade de campo)”, destacam. 

Comprovado o dito acima, não irriguem ou aplique irrigação leve, a fim de evitar encharcamento que vai intensificar os sintomas de seca fisiológica. 

 

Senhor produtor, algumas dúvidas em relação ao observado,podem procurar orientação professional e nesse sentido o Distrito pode ser consultado.

 

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